Bairro de Alfama e Rio Tejo em Lisboa

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Largo do Rossio, Lisboa

Foto de ezimut

Mas que beleza de calçada portuguesa! Não gostam a preto e  branco? Para outro dia trago a cores. Vejam estas ondas de pedra no Largo do Rossio em Lisboa.



quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A cantiga das mentiras

Imagem vista em Le mariage parfumé

De certeza conhecem alguma versão espanhola desta cantiga das mentiras (eu, por exemplo, lembro-me de uma que diz  "Ahora que vamos de campo (bis) / vamos a contar mentiras, tralará... / Por el mar corren las liebres, / por el monte las sardinas, tralará...").

CANTIGA DAS MENTIRAS

Agora tenho vagar
vou contar umas mentiras:
já pelo mar andei às lebres,
e pelos campos às enguias.

Eu sou um triste ninguém
sempre a saltar pelos caminhos,
nas garrafas levo pão,
nos alforges levo vinho.

Botei com os bois às costas,
pus o arado a pastar,
sentei-me para correr,
deitei-me para os agarrar.

Fui ao figueiral às pêras,
todo me enchi de pinhões.
Veio o dono das castanhas:
— Ó ladrão, larga os feijões.

Eu vi dois ratos lavrando
a puxar pelo arado,
um grilo muito engraçado
ia atrás deles piando.

Com um cão um corridinho
vi uma cabra dançando.
Vi um lobo beber vinho,
uma ovelha namorando.

Vi um coelho fadista
a tocar numa guitarra.
Ouvi uma grande artista
que se chamava cigarra.

Vi um morcego com pernas,
vi uma levre fardada,
vi as rolas no cinema,
vi o tordo na tourada.

Com uma grande barriga
vi o leão bater sola.
Nas costas de uma formiga
já vi um jogo de bola.

Tenho catarro nas unhas,
dor de estômago nas orelhas,
já me doem os joelhos
de coçar as sobrancelhas.



sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O que é que a baiana tem? (Daniela Mercury)


Uma cantora de hoje, Daniela Mercury, canta uma canção de antigamente, O que é que a baiana tem? E onde é que ela canta ao vivo? Em Matosinhos, no norte de Portugal, no dia 13 de agosto de 2009. Esta canção vai ligada a uma cantora chamada Carmen Miranda, nascida em Portugal, e que se tornou famosa no Brasil há muitos, muitos anos. Podem ver em baixo.

As baianas são as mulheres nascidas no estado brasileiro da Bahia. Pois, não há erro ortográfico, é assim: o estado chama-se Bahia, e os ali nascidos são baianos.


 Baiana (Fotografia de Nivaldo Almeida Filho)


O QUE É QUE A BAIANA TEM?

O que é que a baiana tem?
O que é que a baiana tem?
Tem torso de seda tem (tem)
Tem brinco de ouro tem (tem)
Corrente de ouro tem (tem)
Tem pano da Costa tem (tem)
Tem bata rendada tem (tem)
Pulseira de ouro tem (tem)
E tem saia engomada tem (tem)
Tem sandália enfeitada tem (tem)
E tem graça como ninguém...!

O que é que a baiana tem? (bis)
Como ela requebra bem...!
O que é que a baiana tem? (bis)
Quando você se requebrar caia
por cima de mim (tris)
O que é que a baiana tem?
Mas o que é que a baiana tem?
O que é que a baiana tem?
Tem torso de seda tem (tem?)
Tem brinco de ouro tem (ah!)
Corrente de ouro tem (que bom!)
Tem pano da Costa tem (tem)
Tem bata rendada tem (e que mais?)
Pulseira de ouro tem (tem)
Tem saia engomada tem (tem)
Sandália enfeitada tem
Só vai no Bonfim quem tem...
O que é que a baiana tem? (bis)
Só vai no Bonfim quem tem...
O que é que a baiana tem? (bis)
Um rosário de ouro, uma bolota assim
Ai, quem não tem balangandãs
não vai no Bonfim
Ôi, quem não tem balangandãs
Não vai no Bonfim
Ôi, não vai no Bonfim

O que é que a baiana tem?

Só vai no Bonfim quem tem


 Carmen Miranda





O alfaiate valente (Irmãos Grimm)

Ilustração de Raquel Santos


 O alfaiate valente é um conto dos Irmãos Grimm.

Há muito, muito tempo, um alegre alfaiate de quem todos gostavam, porque era muito bom e generoso, ainda que as pessoas não o levassem muito a sério, porque era um grande gabarolas e tinha o hábito de exagerar quando contava as suas aventuras. Um certo dia, o alfaiate estava a coser, muito contente porque lhe tinham oferecido um bolo, que ia comer quando acabasse o que estava a fazer, mas o cheiro do bolo atraiu várias moscas que se puseram a voar à sua volta.
O alfaiate tentou enxotá-las com um pedaço de tecido, mas os insectos só se afastavam por alguns segundos, voltando de imediato a pousar em cima do bolo. Por fim, o rapaz fartou-se e, com um terrível golpe, matou as sete moscas de uma só vez. Como era um bocadinho gabarolas, o alfaiate bordou num cinto a palavra «MATASETE», com letras bem grandes, e pô-lo.
Foi para a rua e a todas as pessoas com quem se cruzava dizia:
- Matei sete! Matei sete de uma vez!
As pessoas olhavam e sorriam, porque todos sabiam que era um bom rapaz, apesar de ser um pouco gabarolas. Alguns até lhe deram os parabéns, e o alfaiate acabou por acreditar de tal forma que decidiu ir por todo o mundo, pois o ofício de alfaiate não era para um valente como ele.
E foi assim que o alfaiate saiu da cidade e entrou no bosque, decidido a viver grandes aventuras.Quando se estava a preparar para comer um bocado de queijo, apareceu um gigante, que para o assustar partiu uma rocha com as próprias mãos.
Mas o alfaiate, que era um rapaz muito valente, não se assustou e disse ao gigante: 
- Pensas que podes assustar o famoso MATAsete com esses disparates?
- Disparates? – rugiu o gigante, furioso.
- Achas um disparate partir uma rocha com as mãos? Porque é que não tentas tu, pequenote?
O alfaiate, que além de valente era muito esperto, fingiu que tinha apanhado uma pedra do chão e mostrou ao gigante o bocado de queijo que ia comer; depois, com cara de quem estava a fazer muita força, esmagou-o.
- O que é que achas? Com uma só mão! – disse ao gigante, mostrando-lhe o bocado de queijo esborrachado.
Então o gigante, furioso mas impressionado, arrancou uma grande árvore pela raiz e disse:
- Vamos ver se me consegues ajudar a levar lenha para casa.
- Claro que sim! – respondeu o alfaiate. – Vai tu à frente, que sabes o caminho, e eu vou atrás. O gigante pôs o grande tronco às costas, e o alfaiate, fingindo que o estava a ajudar, agarrou-se a um ramo.
Chegaram a uma caverna onde vivia o gigante com outros gigantes como ele. Ofereceram-lhe uma enorme cama, e o alfaiate fingiu que se ia deitar. Mas de seguida escondeu-se debaixo desta, e foi graças a isso que salvou a sua vida, pois o gigante bateu com uma moca no sítio onde pensava que o alfaiate estava a dormir.
A cama rangeu com a terrível pancada, e por um momento o alfaiate pensou que se ia partir e o ia esmagar, mas felizmente resistiu. Como estava às escuras e tinha ouvido um ruído que lhe parecia de ossos a partir, o gigante pensou que tinha acabado com o alfaiate e foi dormir.
No dia seguinte, o rapaz saiu do seu esconderijo e foi procurar o gigante e os seus amigos. Ao vê-lo são e salvo, os gigantes pensaram que era um ser invencível e ficaram assustados.
A extraordinária proeza do rapaz com os gigantes começou a correr de boca em boca e chegou aos ouvidos de um rei. Este mandou chamar o alfaiate e disse-lhe:
- No meu reino há dois gigantes que fazem todo o tipo de maldades e aterrorizam os meus súbditos. Se conseguires ver-te livre deles, nomear-te-ei meu herdeiro e dar-te-ei metade das minhas riquezas.
- Não vos preocupeis, majestade – disse o alfaiate -, os gigantes são a minha especialidade. Dizei-me onde posso encontrá-los e não vos tornarão a incomodar.
Com as indicações que o rei lhe deu, o rapaz não tardou a encontrar os gigantes que dormiam debaixo de uma árvore.
O alfaiate subiu à árvore e de lá de cima atirou uma pedra a um dos gigantes que, ao pensar que tinha sido o seu companheiro, deu-lhe uma violenta pancada.
O outro gigante acordou e bateu-lhe em resposta à pedrada, e assim, pancada após pancada, os dois gigantes acabaram por se envolver num combate mortal. Arrancaram árvores para usar como mocas, atiraram um contra o outro pedras tão grandes que conseguiam destruir uma casa, gritaram, deram pontapés… e no fim acabaram por morrer os dois.
Então o alfaiate desceu da árvore e foi chamar os soldados do rei, que não podiam acreditar no que os seus olhos viam.
E, tal como tinha prometido, o rei nomeou o rapaz seu herdeiro e encheu-o de honras e riquezas.Assim, graças à sua astúcia, o alfaiate valente transformou-se em príncipe.




quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Falta muito? (Heitor Tirinhas)


Heitor Isoda assina como Heitor Tirinhas. Ele é brasileiro, mas descendente de japoneses. Lembram-se dos gritões de Nara Isoda que vimos aqui a 5 de dezembro? Por acaso, Nara é irmã dele.

Heitor desenha tiras tão belas como está. Aliás, podem aprender um bocado de português também. O que significa esse Sei lá!, que responde o cavalinho de madeira?  Algo assim como "¡Yo qué sé!" ou "¡Qué sé yo!"

Gostava de vos trazer tiras de Heitor noutro dia.




terça-feira, 22 de janeiro de 2013

"Parabéns a você, nesta data querida..."



Aqui podem encontrar a letra do Parabéns a você. O gato cá em cima canta apenas a primeira estrofe. Em baixo podem escutar uma outra versão cantada por duas irmãs. Ontem falámos disto na sala de aula, e eu soube por acaso que hoje é o aniversário da Alexandra, de 1º D. 

Então, estes parabéns são para ela. Se mais algum colega da turma fez anos há pouco, como o Alejandro, ou vai fazer nestes dias, é claro que são também para eles.




sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O bibliotecário (Giuseppe Arcimboldo)


O bibliotecário (c. 1566) é uma obra do pintor italiano Giuseppe Arcimboldo (1527-1593). Lembram-se do Inverno, que já viram na primeira mensagem deste segundo período? De certeza que a Célia M. se lembra.

Esta mensagem vai dedicada para todos aqueles alunos que gostam de ler por prazer.




Mas que nada (Toquinho)



O cantor Toquinho não foi quem fez famosa esta canção (já puderam saber aqui quem foi), mas encontrei-a por acaso e gostei. E tem mais ritmo do que a da semana anterior. De certeza que vão gostar mais desta.


MAS QUE NADA

Oariá raiô
Obá Obá Obá
Mas que nada
Sai da minha frente
Eu quero passar
Pois o samba está animado
O que eu quero é sambar
Este samba
Que é misto de maracatu
É samba de preto velho
Samba de preto tu
Mas que nada
Um samba como esse é tão legal
Você não vai querer
Que ele chegue no final


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Vista aérea de Elvas

Fonte: Sylvie Meillarec 

De certeza que já foram a Elvas muitas vezes com os pais, mas aposto que nunca viram (eu também não!) a vizinha cidade de Elvas desta maneira .



segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Emergência (Mário Quintana)


Fotografia de Tereza Duarte



EMERGÊNCIA

Quem faz um poema abre uma janela.
Respira, tu que estás numa cela
abafada,
esse ar que entra por ela.
Por isso é que os poemas têm ritmo
– para que possas profundamente respirar.
Quem faz um poema salva um afogado.

Mário Quintana



sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Pérolas aos poucos (José Miguel Wisnik)



José Miguel Wisnik é professor, compositor e cantor, e canta aqui uma composição dele, Pérolas aos poucos. Eu sei, é uma canção muito tranquiiiiiiiiiila (mas tão bonita!) Vocês gostam? Para o próximo fim de semana prometo uma mais "mexida"

Cuidado com o verbo jogar do primeiro verso, aqui significa como espanhol "arrojar, tirar", e aos poucos é outra maneira de dizer 'a pouco e pouco' em português.

Ah, e reparem no vídeo. Não sentem vontade de tomar um bom banho?



PÉROLAS AOS POUCOS

Eu jogo pérolas aos poucos ao mar
Eu quero ver as ondas se quebrar
Eu jogo pérolas pro céu
Pra quem pra você pra ninguém
Que vão cair na lama de onde vêm

Eu jogo ao fogo todo o meu sonhar
E o cego amor entrego ao deus dará
Solto nas notas da canção
Aberta a qualquer coração
Eu jogo pérolas ao céu e ao chão

Grão de areia
O sol se desfaz na concha escura
Lua cheia
O tempo se apura
Maré cheia
A doença traz a dor e a cura
E semeia
Grãos de resplendor
Na loucura

Eu jogo ao fogo todo o meu sonhar
Eu quero ver o fogo se queimar
E até no breu reconhecer
A flor que o acaso nos dá
Eu jogo pérolas ao deus dará






Sonhos são apenas sonhos (Beto)


Esta tirinha é para vocês pensarem nisto: há muitas crianças no mundo que não têm tanta sorte como vocês, por exemplo.

Foi o amigo Beto que desenhou. Podem procurar mais coisas dele no blog.



quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Crianças 1980 - 2013

Fonte: Humor inteligente


É pena não sabermos o autor destes quadradinhos. O que acham? Não é verdade, não acontece com vocês a mesma coisa? Perguntem aos pais, mostrem-lhes isto.





terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Começamos 2013 com o inverno de Arcimboldo


Giuseppe Arcimboldo (1527–1593) foi um pintor italiano que compôs rostos humanos usando cenouras, beringelas, rabanetes, tomates, cebolas, alhos, uvas, azeitonas, pêssegos, figos... e mais coisas.

É com a visão que Arcimboldo nos dá do inverno, que começamos de novo o trabalho neste ano 2013.

Bem-vindos todos!

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Alegria pura para receber o ano



Isto é África. São Tomé e Príncipe. Lembram-se? Com a alegria deste menino sãotomense recebemos o ano de 2013.

A fotografia é de André Pipa.


Foguetes de artifício para receber 2013



Vocês gostam de foguetes de artifício? Para receber o Ano Novo, 2013, que oxalá seja um bocadinho melhor do que este, e muito melhor para todas aquelas pessoas que estão a passar maus bocados.